sábado, 9 de dezembro de 2017


o poder é intrinseco a quem sabe amar.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017



Eu Sol




são 5 da manhã e se parece uma vida toda
minha obsessão por vida altera repetidamente minha sintese
e então, perambulo pelas memórias abarrotadas
combinando emoções num desastre quimico


sem nada ao que me agarrar, volto ao poço que cresci
e novamente me infecto pela dissimulada e chorosa felicidade
enquanto olho pro alto
e me lembro dos meus dias com os pássaros
quando eu me divertia no ar sabendo da decepção de voltar ao chão.


a noite não tem fim
e a chuva parece implorar que eu também me molhe




sob a minha furia de perfeição
o relógio leva um chute
e os ponteiros giram incessantemente
formando um atraente redomoinho que me engole
e eu chego mais uma vez nesse ponto nulo do limbo vital


se sou eu quem eu sou, eu não sei quem eu sou
a luz invade e o medo se desenrola
se eu fosse um pássaro, jamais pararia de voar

domingo, 3 de dezembro de 2017




você borrou a maquiagem que flutuava sob meus poros
os traçados e as pinceladas negras escorreram duras, formando uma nébula decepcionante
é compreensivel que você se impressione com tamanha beleza unica e que em seu espirito desatinado a reação seja destruir. empunhando sua força
como quem cata as mais belas flores nos caminhos tortuosos, você me arrancou da terra
a sua face máscula se descobriu e me fez calar.




Em ato de verdade, permaneceu tudo que se molhou
o espetáculo não parou
e a expressão ressurgiu.
Meu apocalipse me manteve viva.
e assim feito, bastaram dois ou três abraços
e as raizes tomaram conta de meus pés
enquanto brotos floridos me estremeciam
relembrando o poder supremo que me pertence.
A força obscura finalmente me tomou, o caos aconteceu e a coroa de espinhos se fincou em meu crânio,
 consagrando a rainha que aqui se põe de pé.











A batalha nunca acaba




os caminhos de pé descalço
ainda são solitários
e eu ainda espero o toque final


Entre facas e fogo, eu danço no ritmo da lua
cato pérolas no chão
colho tomates verdes
e planto famintos olhos


Pulsantes devaneios tomam conta
meu corpo transcende
A vida não tem fim.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Não confie nas águas
Nos mares emocionais habitam monstros egoístas
Assim como pérolas de afeto
Nós sereias, sabemos do perigo que vem da terra seca
Mas nos esquecemos das estruturas rochosas
E quando o mergulho é intenso
A magia se desatina
Não confie nas águas
Porque elas acolhem gentilmente o medo da verdade

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

o meu corpo que fala
é meu corpo que escuta
que toca e por vezes se perde