terça-feira, 12 de dezembro de 2017



emancipação




o ciclo prestes a se fechar

a dona de mim ainda esculpe minha emoções

reboca minha pele

prepara para a celebração



segunda-feira, 11 de dezembro de 2017



a consciência é viva e pulsante

as verdades não existem

e essa é a unica verdade


o imaginário é pura imaginação

você não entende o que é ser

o mundo continua girando


se o universo se replicasse

eu seria o primeiro a saber

terça-feira, 5 de dezembro de 2017



Eu Sol




são 5 da manhã e se parece uma vida toda
minha obsessão por vida altera repetidamente minha sintese
e então, perambulo pelas memórias abarrotadas
combinando emoções num desastre quimico


sem nada ao que me agarrar, volto ao poço que cresci
e novamente me infecto pela dissimulada e chorosa felicidade
enquanto olho pro alto
e me lembro dos meus dias com os pássaros
quando eu me divertia no ar sabendo da decepção de voltar ao chão.


a noite não tem fim
e a chuva parece implorar que eu também me molhe




sob a minha furia de perfeição
o relógio leva um chute
e os ponteiros giram incessantemente
formando um atraente redomoinho que me engole
e eu chego mais uma vez nesse ponto nulo do limbo vital


se sou eu quem eu sou, eu não sei quem eu sou
a luz invade e o medo se desenrola
se eu fosse um pássaro, jamais pararia de voar

domingo, 3 de dezembro de 2017




você borrou a maquiagem que flutuava sob meus poros
os traçados e as pinceladas negras escorreram duras, formando uma nébula decepcionante
é compreensivel que você se impressione com tamanha beleza unica e que em seu espirito desatinado a reação seja destruir. empunhando sua força
como quem cata as mais belas flores nos caminhos tortuosos, você me arrancou da terra
a sua face máscula se descobriu e me fez calar.




Em ato de verdade, permaneceu tudo que se molhou
o espetáculo não parou
e a expressão ressurgiu.
Meu apocalipse me manteve viva.
e assim feito, bastaram dois ou três abraços
e as raizes tomaram conta de meus pés
enquanto brotos floridos me estremeciam
relembrando o poder supremo que me pertence.
A força obscura finalmente me tomou, o caos aconteceu e a coroa de espinhos se fincou em meu crânio,
 consagrando a rainha que aqui se põe de pé.











A batalha nunca acaba




os caminhos de pé descalço
ainda são solitários
e eu ainda espero o toque final


Entre facas e fogo, eu danço no ritmo da lua
cato pérolas no chão
colho tomates verdes
e planto famintos olhos


Pulsantes devaneios tomam conta
meu corpo transcende
A vida não tem fim.