sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

declaro de peito aberto e grito estridente
NÃO ME IMPORTO MAIS
desçam os anjos
que os demônios se libertem e busquem os seus
que o veredito seja dado
aqui e agora

não há mais prova
não há mais chance
a humanidade é o fim do humano
a vida já não mais vive

esqueçam a nutrição e a filosofia
que o povo padeça em sua própria cova

é sempre uma dualidade de distintas e extremas pontuações
.sou tudo
sou nada.
agarro-me em mim
me solto do mundo
encaro o todo
esqueço do único

se há propósito
parece não ser proposital
o silêncio poético é prova de que a praga aqui se instaurou
contaminado pela crua visão de vida
sobraram palavras secas
e os pensamentos dão de encontro aos becos
sem saída

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

fato fadado é que de gozo não me nutro
de sentimento não sinto
será mesmo que é vida?
podre e decrépito é o ser
o ego que impede a impetuosa vontade
a escaldante pulsação implorando
por fim
por morte
por nada

terça-feira, 16 de outubro de 2018

sou um demente
Um louco doente sem dente
Peço pão e tabaco
Dou pó e vem paixão
E porque no fim é mórbido
Já avistei tanta seca
Folha molhada e olho enxarcado.
Que agora.Só resta restar...


terça-feira, 4 de setembro de 2018

não tem tijolo a se pisar
teto a se morar
onde possa confiar

não dá um passo
um atravesso de rua
sem sentir a falta de sorte

sem norte
sem destino
o que sobra no ninho
é transmutação

vida inconstante
preso fora da casa
navegando entre o desconhecido planeta em que se faz mais pelo mais do que menos pelo menos.
desequilíbrio social espiritual e moral
indecência gordurosa pingando nas mãos daqueles
que dizem bradar pela justiça