todos dias que se passam, encaro as facas, as pilulas e quero me entregar a inanição
todos esses dias preencho com o desejo por inexistir, encolher-me até o menor de mim até desaparecer.
nesses dias não tem cura ou remedeio, encaro a morte de peito posto e cabeça baixa, sem temê-la, mas sem me entregar.
sábado, 15 de junho de 2019
quinta-feira, 2 de maio de 2019
domingo, 10 de março de 2019
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
não consigo mais
escrever e tecer
caminhos alternativos a essa realidade
repugnantemente cinza
se estendesse a mão aos céus, teria então resposta?
alívio?
se me enterrasse no chão, teria então paz?
conforto?
no entremeio, permaneço
flutuo vagando pairando
pelo que dizem, pelo que é
pelo que acho, pelo que penso
não tem chegada ou partida
a vida é só e apenas
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