quarta-feira, 3 de julho de 2019

1 de março de 2018

Contexto Neuroatípico
Sabores pastosos de um arroto ácido
Zumbido sem cor no meio do escuro
Ventos estralados pelos quatro cantos
Contaminação encubada do romântico pesar
Pensamentos insalubres
Dentição que abocanha o ar
Estilhaços fincados
Pele esticada
Carne borbulhante
Morta ou vivo?
São ou não?
Sã ou amanhã?

sábado, 29 de junho de 2019

existe para sempre? existe nunca mais?


dosagens, baforagens, cancerígenas, honestas
expulso vida, trago morte
faço vida
no queimar
e no esfumaçar
no ar
por aí.
o caminho parece cada vez mais estreito e solitário
desbravo garras vegetais, confundo mamíferos malignos
faço da clareira refugio mas sempre fujo

sábado, 15 de junho de 2019

todos dias que se passam, encaro as facas, as pilulas e quero me entregar a inanição
todos esses dias preencho com o desejo por inexistir, encolher-me até o menor de mim até desaparecer.
nesses dias não tem cura ou remedeio, encaro a morte de peito posto e cabeça baixa, sem temê-la, mas sem me entregar.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

quinta-feira, 2 de maio de 2019

se deixei de caminhar
é porque meus passos já não me levam
se deixei de acompanhar
é porque já não sou mesmo companhia
se me isolei e me exilei
no meu eu de que eu nem sou
é porque nada mais sei
e quero saber