sou odioso e demoníaco
não me peça a porra da paz
eu não sou de dizer tudo bem
desde que nasci só penso na morte
pra todo lado só vejo dor
e continuam a dizer "é a vida"
quem é que quer a tal da vida se ela é assim?
a certeza do nada, a certeza da injustiça
o preto morre, o branco vive
o macho bate, a mulher chora
e ainda pedem paz
pedem saúde, dizem para acalmar
deviam eram me agradecer
enquanto só tenho ódio e vontade de morrer
se fosse mais corajoso, tinha muito o que matar
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
você já surtou?
viu o tampo da cabeça cortada em retalhos
e sentiu a consciência escorrer pela cara
eu já surtei
belisquei a carne envenenada
e desfaleci pedindo por mais
quem é que não surta?
vê rumo mas não vê caminho
tem sede mas não tem água
ama tanto que odeia
vamos nos lamber?
saborear a agridoce loucura dos apocalípticos dias
bailar com os etílicos socando boca com boca
me fode e eu te fodo
a fudeção é a unica chance
pra deglutir a desgraça
abridndo a carne e petiscando gozo
na esperança mórbida de que quando o espasmo acabar
ainda haja um trago
baforar mais um cancêr
não surtar.
viu o tampo da cabeça cortada em retalhos
e sentiu a consciência escorrer pela cara
eu já surtei
belisquei a carne envenenada
e desfaleci pedindo por mais
quem é que não surta?
vê rumo mas não vê caminho
tem sede mas não tem água
ama tanto que odeia
vamos nos lamber?
saborear a agridoce loucura dos apocalípticos dias
bailar com os etílicos socando boca com boca
me fode e eu te fodo
a fudeção é a unica chance
pra deglutir a desgraça
abridndo a carne e petiscando gozo
na esperança mórbida de que quando o espasmo acabar
ainda haja um trago
baforar mais um cancêr
não surtar.
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
marcas da língua, marcas da alma
ciclo constante de dor
e exaltação da mesma
se é a vida o que fazemos dela
como não pode haver um pouco de alivio?
não pedira pela maldição
não parou quando deveria lutar
mas bombardeado foi
pelas guerras seculares
solitário e perfurado
planta sementes, mas só vê morte
ciclo constante de dor
e exaltação da mesma
se é a vida o que fazemos dela
como não pode haver um pouco de alivio?
não pedira pela maldição
não parou quando deveria lutar
mas bombardeado foi
pelas guerras seculares
solitário e perfurado
planta sementes, mas só vê morte
domingo, 21 de janeiro de 2018
não poetize
não floreie o lixo e não dê águas as vacas magras
não responda ódio com amor
não veja escuridão onde só a luz
desponte em fúria e desprezo
jogue com a nojeira e suje-se
aprenda a magia da violência
banhe-se no sangue no seco
não poetize
não traga vida onde tudo já morreu
não ludibrie o olhar
não espere o mal, quando ele já está aqui
atole na merda
engula as desgraças
renomeie a insignificância
se torne devoto da patética demonização
não floreie o lixo e não dê águas as vacas magras
não responda ódio com amor
não veja escuridão onde só a luz
desponte em fúria e desprezo
jogue com a nojeira e suje-se
aprenda a magia da violência
banhe-se no sangue no seco
não poetize
não traga vida onde tudo já morreu
não ludibrie o olhar
não espere o mal, quando ele já está aqui
atole na merda
engula as desgraças
renomeie a insignificância
se torne devoto da patética demonização
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