Tenho mãos em fogo e calda enxarcada
É um eterno queimar, apagar
Sujar, limpar
Doer, curar
Eu não gosto do que sou, até porque eu nem sou "eu"
Eu faço
Não me confio, porque eu ajo compulsória sobrinho razão
Me guio e confio na intuição
Errada estava ao pensar que saber é conhecer
E conhecer não é controlar, não dá sequer pra se preparar
Pra caminhos desconhecidos, atalhos e atos convictos
Não é clichê de "nada sei"
Sei, e sabendo não quero mudar. Não tem como explicar
Parte de mim exalta a grandiosa morte como últimocidio também
É o despejo final, porque é onde mora o desconhecido
Mas antes da carne e da alma,
Do tempo e lazarezas
Há mistério,
Aonde ou onde procurar e conseguir enxergar
Por cada buraco ou poro de corpoceleste
É possível sentir fluir
A vida de tempo se des!existir
Em caminhos de encontro
Com a vasta desconhecidência de tentar fazer ciência com o que acontece aqui
Já não sofro ou gozo,
Quero voltar a estar sem bradar.
Sigo tranquila na ruína
Não há o que se consertar, acertar ou errar
É "só" o que a, há.
O Google não te dá mais graça
Vale toda desgraça que ameaça
A inclinação insustentável
É tão palpável
Fibras óticas enxergam novas mortes
Cheia de recortes pelo globo
Emaranhados nos tornaremos um todo
Beba água e coma mais frutas
A subida ainda é grande até que fiquemos suficientemente distantes
Tão redundante
O ócio vicioso do desgosto desejoso
Prego pelo fim ,
por mim acaba assim
como de costume, venho correndo escrever
(percebi a pressa quando as palavras queriam escapulir e por falta de espaço, vazavam em lágrimas)
preciso escrever para não afogar. pra me lembrar.
reacender "todas cores em mim" pra me perdoar
estou me sentindo ingrata,
grito demais exigindo
quando consigo, engulo sem nem mastigar
o tesão é em bagunçar
mas já não me excita tanto.
já nem sei o que é excitação ou animação ao certo;
"perdi meu modus operandi"
essa frase que ouvi em uma série se repete em minha mente.
desaprendi a ser e desejar
mas acho que o que mais dói agora, é ter desejado
sem gozar, sem sentir
sem ouvir
egoísta egoica! Tento me ofender com falha; por me parecer a verdade.
cruel. sou comigo, com outres. por diversão.
não é legal
volto a ficar só
sólitária
só saio daqui quando não mais estar de armas apontadas para quem me quer bem.
(começando por mim)
(continua...)