sexta-feira, 11 de março de 2022

 Tenho mãos em fogo e calda enxarcada 

É um eterno queimar, apagar

Sujar, limpar

Doer, curar

sábado, 5 de março de 2022

 Eu não gosto do que sou, até porque eu nem sou "eu"

Eu faço

Não me confio, porque eu ajo compulsória sobrinho razão

Me guio e confio na intuição

Errada estava ao pensar que saber é conhecer

E conhecer não é controlar, não dá sequer pra se preparar

Pra caminhos desconhecidos, atalhos e atos convictos

Não é clichê de "nada sei"

Sei, e sabendo não quero mudar. Não tem como explicar 

Parte de mim exalta a grandiosa morte como últimocidio também

É o despejo final, porque é onde mora o desconhecido

Mas antes da carne e da alma,

Do tempo e lazarezas 

Há mistério,

Aonde ou onde procurar e conseguir enxergar

Por cada buraco ou poro de corpoceleste

É possível sentir fluir

A vida de tempo se des!existir

Em caminhos de encontro 

Com a vasta desconhecidência de tentar fazer ciência com o que acontece aqui


Já não sofro ou gozo,

Quero voltar a estar sem bradar.

Sigo tranquila na ruína

Não há o que se consertar, acertar ou errar

É "só" o que a, há.















terça-feira, 1 de março de 2022

 você se perdeu naquilo que achou que achava

não fique triste. é assim, você sabia.


tudo é mais e demais

tudo é de menos e pouco

na minha balança não numérica de diversão

sábado, 25 de dezembro de 2021

 Preciso reencontrar caminhos 

Que levem leve eu

Preciso descansar as costas

Acalmar a anca,

Abrir, fuçar e suturar, 

saturar

Até

   implodir

domingo, 7 de novembro de 2021

 O Google não te dá mais graça

Vale toda desgraça que ameaça

A inclinação insustentável

É tão palpável

Fibras óticas enxergam novas mortes

Cheia de recortes pelo globo

Emaranhados nos tornaremos um todo


Beba água e coma mais frutas

A subida ainda é grande até que fiquemos suficientemente distantes

Tão redundante

O ócio vicioso do desgosto desejoso

Prego pelo fim , 

por mim acaba assim

domingo, 21 de março de 2021

sábado, 6 de março de 2021

 como de costume, venho correndo escrever
(percebi a pressa quando as palavras queriam escapulir e por falta de espaço, vazavam em lágrimas)

preciso escrever para não afogar. pra me lembrar.

reacender "todas cores em mim" pra me perdoar

estou me sentindo ingrata,

grito demais exigindo

quando consigo, engulo sem nem mastigar

o tesão é em bagunçar

mas já não me excita tanto.

já nem sei o que é excitação ou animação ao certo;

"perdi meu modus operandi" 

essa frase que ouvi em uma série se repete em minha mente.

desaprendi a ser e desejar

mas acho que o que mais dói agora, é ter desejado

sem gozar, sem sentir

sem ouvir

egoísta egoica! Tento me ofender com falha; por me parecer a verdade.

cruel. sou comigo, com outres. por diversão. 

não é legal

volto a ficar só

sólitária

só saio daqui quando não mais estar de armas apontadas para quem me quer bem.

(começando por mim)

(continua...)