quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Para quem eu quero mentir?
você nunca esteve aqui
você nunca esteve comigo
você nunca foi meu
Para quem eu quero mentir?
você não foi e não será
o último a dizer adeus
Há tanto cansaço agora
nesse adeus
adeus ás noites e aos sonos
adeus ao sorriso sem motivo
mas quem eu quero enganar?
esse sorriso nunca foi meu
assim como você
que pertence ao mundo
que é grande
que me faz pequeno
e que me agita facilmente
para lá e para cá
nesse navegar em sentimentos
com um barco furado
que agora
afundou



 Na hora, no momento, que a primeira folha cair, você irá correr até mim e me contar que tudo que eu conheço está prestes a desabar e é nessa hora que eu quero que você esteja comigo. Essa batalha talvez seja imaginária, mas a guerra é real.

domingo, 12 de janeiro de 2014

com carne enfraquecida
músculos contraídos
o velho babão
buscando o que falar
agindo sem entender
corpo empoeirado
tentando esquecer
pulmão sujo
ranço na boca
com as mãos a trabalhar
automaticamente
se desprendeu da realidade
se perdeu no tempo
e não percebeu
que era hora de ir


sábado, 11 de janeiro de 2014

Eu quero que você pegue na minha mão e me leve pra longe de tudo
que você me faça acreditar que agora seremos só você e eu
e que seja
Quero passar meus dias em seus braços
observando seus traços e acariciando seu cabelo
me perder em você
Quero esquecer  como algum dia cheguei até você
como em um sonho
e apenas vive-lo
Quero uma vida de silêncios confidentes
de espera ansiosa por outro beijo
de corpos apertados e entregues
Quero que eu me esqueça de tudo
e viva em você


Entrei em uma guerra de gigantes
não por minha culpa,
eu só nasci para lutar
já se foram várias batalhas
sigo em frente
com as mãos sujas de barro e sangue
estou desmoronando
mas não há como parar
porque eu nasci para lutar
quando essa guerra acabar
lembrarei de todos inimigos
de todos amigos
golpes e armas
quedas e sorrisos
quando essa guerra acabar
quero que seja de forma gloriosa
não aceito uma derrota
quero que minhas mãos cansadas sejam capazes de cravar um último golpe
para que o nascido guerreiro
apenas pare de lutar

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014



vivo em extremos
estou no preto e no branco
na luz que cega
e na escuridão que revela
estou em campos floridos
em beijos de sorrisos
beijos nos olhos
estou na carne podre
no sangue que escorre
na ferida da mordida
nasço todos os dias
logo após minha morte
meu amor
eu mato
meu ódio
não consigo perder
sou anjo que te abraça com carinho
que acolhe sua fúria, seu fracasso
e sou demônio que te perturba
te possuí, te derruba
não sou branco
sou preto