segunda-feira, 1 de junho de 2020

Só corro

peço socorro há algum tempo
acho que não entendem
ou não sabem como so(correr)
continuo pedindo
quem sabe né
talvez me tirem daqui
talvez eu vou
é sempre talvez, é só talvez, por isso peço
Talvez salva
Esperei a quarta de cinzas
Pra sair do quarto
Pela quarta vez
Na tentativa de fazer meu carnaval
Um macarrão mal cozido e gosto de amido
E ela sendo ela
E mais de mil pensamentos
Ponderamentos
A criança que torcia pra crescer
Até que se gaba da dita maturidade
Mas a crescida
Esparrama a boca em tédio
Que bem combina com o macarrão
Mal cozido pelo cansaço, gosto insosso de amido
Sem graça, mas, eficiente em tapar a fome
Rápido, até demais
Como foi mesmo que eu cheguei até aqui?
Inúmeras vezes, prometi não chorar
Logo me molho na surpresa de se encharcar
Na transparência d'alma de cada gota salgada
Escorrida pela pele nutrida
D'ouro de olhos abundantes
Brotam fontes, riachos e rios de mim.

Amiga de curação

Na cara só tem um olho
Mas enxerga de um tudo
Vê, observa, anda, mira
De seus vários olhos espalhados pela cabeça
O de maior potência é seu cu
Por ele, ligado a boca, é que se deu a fama
Toda cidade quis ver, sentir
Ouvir as gargalhadas e piadas daquele cu
É afetuoso e sincero
Nunca escondeu a merda
Ela a propósito
É outra coisa que o cu_boca_boca aboliu
Merda!
E merda!
Da cabeça aos pés não importa a origem.
A Caolha me ensina tanto sobre feitiçarias, socialidades, carinho...coisa demais.
A principal das ligações talvez tenha sido essa:
De tela stória, sobre o cu, e a boca. Sabiamos olhando nos olhos, de longe, da ligação muscular dos nervos sangue tendões que criam o elo, e paraiso, duma alma repousada em carne vívida. Viva sua vida! Eu a chamo alegria!