quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

quantas solidões já vivi
e hoje mais que nunca
experimento a solidão vazia
de não estar comigo mesmo
estar só e perdido
no que chamo de "eu"
e que não mesmo sei quem é.
não consigo mais
escrever e tecer
caminhos alternativos a essa realidade
repugnantemente cinza

se estendesse a mão aos céus, teria então resposta?
alívio?
se me enterrasse no chão, teria então paz?
conforto?

no entremeio, permaneço
flutuo vagando pairando
pelo que dizem, pelo que é
pelo que acho, pelo que penso

não tem chegada ou partida
a vida é só e apenas