domingo, 12 de abril de 2020

De tudo um pouco já fiz, para tentar driblar a morte, enganá-la, talvez.
Folhas, pílulas, abraço, pigmento, etílico, cannabis, de tudo um pouco.

Até mesmo 
Aprender a amar
O que expresso
E o que sou.

E não é "só" sobre eu
É sobre todos os corpos
Com cicatrizes do passado
Que é tão presente

É driblar a mortale
todos
os
dias

Tem morte que vive com a gente
Com elas dá até para se divertir
Em danças de sombrans
Dentre as nuvens
Úmidas e unidas

Mas me recuso a padecer
A abandonar essa carne no tempo da máquina mortífera de vocês. 
Só quem leva minh'alma 
É Nanã, Omolu, Iansã
Para junto do rio
Onde o brilho do ouro
Queima os olhos da beleza
Frente ao espelho de Oxum.

Para driblar a morte
É preciso morrer.