quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Sobre tabagismo ou se surpreender com as antigas verdades

 Eu queimo minha língua

Sempre que sou eu que falo

Queimo a língua

E é bom

Queimo a língua

Refaço a façanha

Desenrolo as entranhas

Observo a fumaça planar

E queimo a língua

Ao olhar antes de sentir

Ao falar sem saber

Ao escrever, enquanto ainda queimo a língua 

terça-feira, 17 de maio de 2022

 esqueço parametro comparação distinção ou relativação

sou e ajo podremente. faço dos caminhos que me vem lugar de solidão; sozinha sou minha carrasça. 

machuco, empurro, msstigo, enfio, puxo

em segundos, minutos

insatisfeita

tudo velhamente de novo


acho que aqui

to escrevendo para mim

de um outro tempo

para a percepção de que momento


que tormento.


y tu segue a batalhar.

de onde vem a te forçar?

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Por que do por quê? Semear a dúvida não curiosa, mas agoniante
Um clichê da minha tv (te vê)
Me passear por história
Tatear o corpo
E eu nunca estive pior.

Sou capaz de mensurar o envelhecimento precoce. Mas não me pergunte porquê.

É um chute
Ansiedade
Como é o final?

Me falta buscar descobertas
Pra que essa pergunta já não precise ser feita 

segunda-feira, 2 de maio de 2022

 Poesia

te sinto falta 

me fui por aí,

Escrevi, sorri

E amarguei,

Senti fel 

Voltei aqui um tanto

Pra renovar o encanto

E tentar lembrar

De quando era mais fácil fazer poesia

Fazer alegria

Caçoar da agonia

Engolir feitiço

Cuspir magia


Me espera, Poesia

Ainda te quero amiga

E a saudade é de palavra

Porque todos os dias

É macumbaria

É traquejo e alquimia

Por bem viver


Bem me quero

Bem me quero

Meu bem, eu quero

Quero viver


Escrevo de novo,

Pra não esquecer

















sexta-feira, 11 de março de 2022

 Tenho mãos em fogo e calda enxarcada 

É um eterno queimar, apagar

Sujar, limpar

Doer, curar

sábado, 5 de março de 2022

 Eu não gosto do que sou, até porque eu nem sou "eu"

Eu faço

Não me confio, porque eu ajo compulsória sobrinho razão

Me guio e confio na intuição

Errada estava ao pensar que saber é conhecer

E conhecer não é controlar, não dá sequer pra se preparar

Pra caminhos desconhecidos, atalhos e atos convictos

Não é clichê de "nada sei"

Sei, e sabendo não quero mudar. Não tem como explicar 

Parte de mim exalta a grandiosa morte como últimocidio também

É o despejo final, porque é onde mora o desconhecido

Mas antes da carne e da alma,

Do tempo e lazarezas 

Há mistério,

Aonde ou onde procurar e conseguir enxergar

Por cada buraco ou poro de corpoceleste

É possível sentir fluir

A vida de tempo se des!existir

Em caminhos de encontro 

Com a vasta desconhecidência de tentar fazer ciência com o que acontece aqui


Já não sofro ou gozo,

Quero voltar a estar sem bradar.

Sigo tranquila na ruína

Não há o que se consertar, acertar ou errar

É "só" o que a, há.















terça-feira, 1 de março de 2022

 você se perdeu naquilo que achou que achava

não fique triste. é assim, você sabia.


tudo é mais e demais

tudo é de menos e pouco

na minha balança não numérica de diversão