terça-feira, 5 de dezembro de 2017



Eu Sol




são 5 da manhã e se parece uma vida toda
minha obsessão por vida altera repetidamente minha sintese
e então, perambulo pelas memórias abarrotadas
combinando emoções num desastre quimico


sem nada ao que me agarrar, volto ao poço que cresci
e novamente me infecto pela dissimulada e chorosa felicidade
enquanto olho pro alto
e me lembro dos meus dias com os pássaros
quando eu me divertia no ar sabendo da decepção de voltar ao chão.


a noite não tem fim
e a chuva parece implorar que eu também me molhe




sob a minha furia de perfeição
o relógio leva um chute
e os ponteiros giram incessantemente
formando um atraente redomoinho que me engole
e eu chego mais uma vez nesse ponto nulo do limbo vital


se sou eu quem eu sou, eu não sei quem eu sou

Nenhum comentário:

Postar um comentário