Mendingar o que é seu
Preteride
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
domingo, 9 de fevereiro de 2020
Essas borbulhanças da pele empreguinam a alma como corte seco de uma língua sangue e suga
Esperneio até gemer e sinto o pus encrustrado em cada poro, em cada mágoa, velada.guardada, infeccionada.
A tortura fétida dum ser preso em sua própria casa, com as chaves atoladas até o fundo da garganta.
Sabe-se pouco, do muito que sente. Guarda no corpo a duvida e o final.
Esperneio até gemer e sinto o pus encrustrado em cada poro, em cada mágoa, velada.guardada, infeccionada.
A tortura fétida dum ser preso em sua própria casa, com as chaves atoladas até o fundo da garganta.
Sabe-se pouco, do muito que sente. Guarda no corpo a duvida e o final.
Meu pau é só genital
Sou dual
Múltipla, transcendental
Essa voz grave é o trovão de xangô
E a pele pêssega, Oxum
Justiça ardente e doce amor, que superam toda dor.
O que há entre o real e irreal quando o mundo é desleal? Qual a diferença entre o sagrado e o profano, quando tudo é insano?
Não humano
é na verdade yorubá
Dos deuses pretos e mojubá
Que consigo bradar:
Não sou Maria
Nem João
Eu sou Não
Sou dual
Múltipla, transcendental
Essa voz grave é o trovão de xangô
E a pele pêssega, Oxum
Justiça ardente e doce amor, que superam toda dor.
O que há entre o real e irreal quando o mundo é desleal? Qual a diferença entre o sagrado e o profano, quando tudo é insano?
Não humano
é na verdade yorubá
Dos deuses pretos e mojubá
Que consigo bradar:
Não sou Maria
Nem João
Eu sou Não
Cabem dez de mim em cada boca que se abriu
Sete pedaços podres projetados, deglutidos e escarrasdos
Céu abaixo
Garganta acima
Calo. Calejado calo. Calejado, calo.
Porque tem um um nó na minha guela
Uma vontade de gritar e de chupar
Uma vontade de por coisa boa na boca e cuspir em vocês (sabem quem)
Vou arregaçar a boca até engolir o universo
Mastigar meteoros e metralhar contra c a d a u m d e l e s.
@ M B E R
Sete pedaços podres projetados, deglutidos e escarrasdos
Céu abaixo
Garganta acima
Calo. Calejado calo. Calejado, calo.
Porque tem um um nó na minha guela
Uma vontade de gritar e de chupar
Uma vontade de por coisa boa na boca e cuspir em vocês (sabem quem)
Vou arregaçar a boca até engolir o universo
Mastigar meteoros e metralhar contra c a d a u m d e l e s.
@ M B E R
Dois Mil e Dezenove
Querem me apagar
Folhas em branco
Paredes azuis
Querem acabar com toda cor
Controlar o tom
Trassejados retos
Querem que o som se arraste
O dourado se cale
BRANQUIAÇÃO
Pictórica psicótica antibiótica
Sinestesia hipnótica
Furya frontal
Narcisa Lacrimal
Borbulho pigmentante
Arrasto ondas vermelhas
Preencho céus com amarelo
Salpico cor sobre cor
E o preto é minha guia
Derrubo baldes sobre o mal agoro, agora
Toda gente pode ver
Todas cores em mim
Jogo ao vento um nome
Colho folhas d'água
A pele arde e eu quero mais
Espelho espelho meu
Que eu veja além do eu
Espelho espelho meu
Que eu veja além do eu
Eu não sou. Eu faço. Eu não sou. Eu me construo. Eu não sou. Eu estou. Eu, eu, eu, eu, eu.
Nós, estamos, aqui.
Querem me apagar
Folhas em branco
Paredes azuis
Querem acabar com toda cor
Controlar o tom
Trassejados retos
Querem que o som se arraste
O dourado se cale
BRANQUIAÇÃO
Pictórica psicótica antibiótica
Sinestesia hipnótica
Furya frontal
Narcisa Lacrimal
Borbulho pigmentante
Arrasto ondas vermelhas
Preencho céus com amarelo
Salpico cor sobre cor
E o preto é minha guia
Derrubo baldes sobre o mal agoro, agora
Toda gente pode ver
Todas cores em mim
Jogo ao vento um nome
Colho folhas d'água
A pele arde e eu quero mais
Espelho espelho meu
Que eu veja além do eu
Espelho espelho meu
Que eu veja além do eu
Eu não sou. Eu faço. Eu não sou. Eu me construo. Eu não sou. Eu estou. Eu, eu, eu, eu, eu.
Nós, estamos, aqui.
14/01/2020
Vá se lamentar no anseio por se alimentar
Porém sabes que só se farta do que nutre
E proteínas e vitaminas não vem em pílulas
É preciso cultivar cada feijão que brota no bucho
Regar a arvore que rasga as entranhas, do cu a boca, rumo as nuvens
Onde se hidrata no voar
Na acreditância de quem sabe, sintonizar
A terra carne, o infinito astral e o não-nada-ninguém.
Vá se lamentar no anseio por se alimentar
Porém sabes que só se farta do que nutre
E proteínas e vitaminas não vem em pílulas
É preciso cultivar cada feijão que brota no bucho
Regar a arvore que rasga as entranhas, do cu a boca, rumo as nuvens
Onde se hidrata no voar
Na acreditância de quem sabe, sintonizar
A terra carne, o infinito astral e o não-nada-ninguém.
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