domingo, 9 de fevereiro de 2020

Cabem dez de mim em cada boca que se abriu
Sete pedaços podres projetados, deglutidos e escarrasdos
Céu abaixo
Garganta acima

Calo. Calejado calo. Calejado, calo.
Porque tem um  um nó na minha guela
Uma vontade de gritar e de chupar
Uma vontade de por coisa boa na boca e cuspir em vocês (sabem quem)
Vou arregaçar a boca até engolir o universo
Mastigar meteoros e metralhar contra  c a d a  u m d e l e s.

@ M B E R

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